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Um passo

Nov 05, 2023Nov 05, 2023

O plástico, antes saudado como uma inovação notável, tornou-se um pesadelo ambiental. Seu uso generalizado e descarte inadequado levaram a graves consequências para os ecossistemas em todo o mundo. Para entender melhor como funciona, segue um passo a passo de como o plástico prejudica o meio ambiente, trazendo dados e estatísticas que ilustram a magnitude desse problema.

A primeira etapa do ciclo de vida do plástico começa com a extração de combustíveis fósseis, principalmente petróleo bruto e gás natural. Esses recursos não renováveis ​​são processados ​​para obtenção das matérias-primas necessárias para a produção de plástico, como o eteno e o propeno. O processo de extração contribui para a poluição do ar e da água, e suas emissões associadas de gases de efeito estufa agravam as mudanças climáticas.

De acordo com o Center for International Environmental Law, aproximadamente 99% dos plásticos são derivados de combustíveis fósseis. Somente em 2020, a indústria global de plásticos liberou 1,8 bilhão de toneladas métricas de equivalentes de CO2, equivalente às emissões de 380 usinas a carvão.

Uma vez obtidas as matérias-primas, elas passam por uma série de processos químicos para produzir polímeros plásticos. Aditivos como plastificantes, corantes e estabilizantes são misturados para melhorar propriedades específicas. A fase de fabricação consome grandes quantidades de energia e água, levando ao aumento das emissões de carbono e à escassez de água.

As embalagens plásticas, uma das principais aplicações do plástico, tiveram um crescimento exponencial ao longo dos anos. Segundo a Ellen MacArthur Foundation, somente a produção de embalagens plásticas representou 146 milhões de toneladas métricas em 2020, representando aproximadamente 28% de todo o lixo plástico gerado globalmente.

O consumo generalizado de produtos plásticos, desde itens de uso único até bens duráveis, contribui significativamente para a degradação ambiental. Os plásticos de uso único, em particular, tornaram-se onipresentes, com itens como sacolas plásticas, canudos e garrafas sendo descartados após um único uso.

O problema está no descarte inadequado de resíduos plásticos. Uma parcela considerável do plástico acaba em aterros sanitários, onde leva centenas de anos para se decompor. Além disso, uma quantidade substancial de resíduos plásticos chega aos corpos d'água por meio de sistemas inadequados de gerenciamento de resíduos, contribuindo para o problema cada vez maior da poluição marinha por plásticos.

Os impactos ambientais do plástico são abrangentes e devastadores:

Os oceanos se tornaram um depósito de lixo plástico, colocando em risco a vida marinha. Estatísticas do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) revelam que mais de 8 milhões de toneladas métricas de plástico entram nos oceanos a cada ano. Essa poluição plástica representa uma ameaça significativa para os animais marinhos, pois eles muitas vezes confundem plástico com comida ou ficam presos nele.

Os resíduos de plástico contaminam o solo, liberando substâncias químicas nocivas que podem prejudicar a vida vegetal e animal. Além disso, a poluição plástica prejudica a fertilidade do solo, afetando a produtividade agrícola e a saúde do ecossistema.

A incineração de resíduos plásticos libera poluentes tóxicos na atmosfera, contribuindo para a poluição do ar e agravando ainda mais as doenças respiratórias.

Um dos aspectos mais alarmantes da poluição plástica é sua longevidade. O plástico leva centenas de anos para se degradar e, mesmo assim, se decompõe em fragmentos menores chamados microplásticos. Os microplásticos têm menos de 5 milímetros de tamanho e agora estão presentes no meio ambiente, desde as profundezas dos oceanos até o ar que respiramos. Essas minúsculas partículas são ingeridas por organismos em toda a cadeia alimentar, podendo representar riscos à saúde humana.

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